Porto Velho (RO), 21/03/2009 -A onda de violência e criminalidade que há tempos assombra a população de Porto Velho começa a se manifestar com muita intensidade nas cidades de menor porte de Rondônia, o que motivou a Seccional de Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil a cobrar das autoridades maior reforço no policiamento nas cidades do interior e melhor planejamento no combate ao crime. Durante encontro, nesta sexta-feira, com a direção-geral da Polícia Civil, o presidente da OAB, Hélio Vieira, relatou dois ataques a advogados no período de dez dias.

O presidente da OAB afirma que tem recebido grande volume de reclamação de todas as cidades onde a Ordem tem Subseção, dando conta do crescimento da criminalidade a cada dia. "O fato das pessoas procurarem as Subseções da OAB para reclamar da violência é um sinal invertido e significa que a sociedade está descrente da eficiência da ação do estado no combate ao crime", conjectura o dirigente da advocacia rondoniense, para quem há de se planejar melhor para prevenir as ações da marginalidade.

Depois que um advogado foi vítima de seqüestro relâmpago no final da semana passada em Vilhena, a Subseção da Ordem comunicou na quinta-feira um novo ataque contra advogado. Desta vez foi vítima de assalto à mão armada por três bandidos o advogado Roberley Rocha, que reagiu, desarmou um dos assaltantes, mas acabou ferido a tiro na perna esquerda. Ele está internado e não corre risco de morrer, segundo informa o presidente da Subseção da OAB em Vilhena, Urano Freire de Morais.

Ao conversar com o diretor-geral da Polícia Civil, delegado Moriô Ikegawa, o presidente da OAB Rondônia salientou a necessidade de ampliação do policiamento ostensivo (a cargo da Polícia Militar) e de investigação rigorosa para a conseqüente prisão e punição dos infratores da lei.