OAB Nacional participa de desagravo da OAB-DF em frente à delegacia
A OAB Nacional marcou presença no ato público de desagravo realizado pela OAB-DF, nesta sexta-feira (2), em frente à 16ª Delegacia de Polícia de Planaltina. Outras 13 subseções do Distrito Federal participaram do ato em repúdio à conduta dos policias da unidade que, no último dia 24 de setembro, algemaram o advogado Rodrigo Santos pelas mãos e pelos pés, colocando-o em cela comum com um detento não algemado. De acordo com um representante da subseção da OAB de Planaltina, o delegado teria se esquivado de atendê-lo quando procurado.
O presidente da OAB-MT e coordenador do Colégio de Presidentes de Seccionais da OAB, Leonardo Campos, representou o presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, no ato público. “Hoje me uni aos colegas do Distrito Federal na defesa da advocacia. Viemos fazer um desagravo público em favor de um colega que, no exercício da profissão, teve suas prerrogativas violentamente amoestadas e afrontadas, sendo algemado pelo delegado. A ofensa à prerrogativa de um único advogado é ofensa à prerrogativa de mais de um milhão e duzentos mil advogados brasileiros, merecendo a voz firme da Ordem. O advogado é a única voz que o cidadão tem perante o Estado-juiz, portanto é uma garantia de seus direitos legais, da observância ao Estado Democrático de Direito e ao devido processo legal”, disse Campos.
Para o presidente da OAB-DF, Délio Lins e Silva Júnior, o ato mostra a união da advocacia brasiliense. “Aqui estamos mostrando a força da advocacia, estamos mostrando que não estamos brincando na nossa casa, mostrando que advocacia não aceita ser tratada como o Rodrigo foi tratado. Não vamos admitir nunca esse tipo de conduta, de quem quer que seja, da autoridade que seja. Respeito às prerrogativas não se pede de joelhos, muito menos com pés e mãos algemados. Se exige de pé, com o peito estufado, no local onde a arbitrariedade foi praticada. Merecemos o respeito que damos a quem merece”, discursou Lins.
Participaram do ato centenas de advogadas e advogados do Distrito Federal e de Goiás, além de representantes das subseções de Planaltina; Paranoá e Itapoã; Sobradinho; São Sebastião; Guará; Águas Claras; Taguatinga; Ceilândia; Núcleo Bandeirante; Samambaia; Gama e Santa Maria; e Brazlândia. Outras instituições da advocacia também participaram, como a Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim) e a Associação Nacional da Advocacia Criminal (Anacrim).