Agesandro da Costa Pereira
Agraciado no dia 11 de novembro de 2008, na gestão de Raimundo Cézar Britto Aragão.
Agesandro da Costa Pereira nasceu na cidade mineira Araçuaí a 22 de dezembro de 1929. Bacharelou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais no ano de 1953. Apesar de ter iniciado sua carreira de advogado em Minas Gerais, pediu transferência de sua inscrição para o estado de Espírito Santo no ano de 1968.
Foi conselheiro Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Espírito Santo assumindo a presidência do seccional capixaba por sete vezes entre 1987 e 2005. Eleito Conselheiro Federal da Ordem dos Advogados do Brasil nos triênios de 1989/91 e 2007/10.
Docente da Faculdade de Direito da UFES por mais de vinte anos, também exerceu os cargos de Juiz de Direito na Magistratura do Estado do Espírito Santo e de Minas Gerais (1964), Procurador Geral do Município de Vitória (1979/1981), Procurador do Estado do Espírito Santo (1982/1991), Procurador Chefe da Procuradoria Judicial do Espírito Santo (1982/1984), Integrante da Lista Tríplice para provimento da vaga de Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, pela classe dos advogados (1986) e Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros (2006).
Atuou braviamente na área de Direitos Humanos apurando diversos casos de violências praticadas contra cidadãos comuns, seitas religiosas, detentos, menores e advogados no exercício da profissão. Foi um dos principais fomentadores da criação do Fórum Permanente contra a Violência e a Impunidade, instituído pela OAB-ES em 1999. Dentre as ações do Fórum destacou-se a instalação da CPI do Narcotráfico no Espírito Santo, resultando na desarticulação do crime organizado no estado. Por sua atuação à frente do Fórum, Agesandro sofreu sérias ameaças contra a sua integridade física e de sua família.
Em 2002 a sede da OAB-ES chegou a ser palco de um atentando à bomba que visava intimidar a atuação enérgica de Agesandro enquanto presidente da entidade. Diante de tamanhas represálias ele não se intimidou e acionou o a Comissão Nacional de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e o Ministério da Justiça, chamando a atenção do governo federal para a gravidade da situação no estado.
Recebeu inúmeros prêmios, comendas, homenagens e títulos destacando-se: a Medalha Grã Cruz da Ordem Estadual do Mérito Jerônimo Monteiro, outorgada pelo Governo do Estado do Espírito Santo (23/07/2004); Comenda da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, outorgada pelo Tribunal Superior do Trabalho (1988); Medalha da Ordem ao Mérito Advocatio, outorgada pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Pará (1996) e a Medalha “Eugênio Lindenberg Sete”, outorgada pela Procuradoria Geral do Espírito Santo (2008). |