DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE - Homenagem a Floresta Úmida da AMAZÔNIA
A Organização das Nações Unidas elegeu a data 5 de junho para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente e os Estados Nacionais compartilham das iniciativas para a construção de uma sociedade igualitária , justa, fraterna, lembrando que a Paz , o desenvolvimento e a proteção ambiental são interdependentes e inseparáveis (Princípio 25/Rio-92).
A grande Floresta Úmida da Amazônia com 7,8 milhões de quilômetros quadrados ocupa 1/20 da superfície do planeta, bem como detém um quinto da água potável e um terço das florestas tropicais. Calcula-se que ela detenha metade dos seres vivos existentes, incluindo mais de 60 mil espécies vegetais, 2,5 milhões de espécies de artrópodes, mais de 2 mil espécies de peixes e pelo menos 300 espécies de mamíferos. Cerca de 60% de sua área constitui a AMAZÔNIA LEGAL BRASILEIRA. O restante está dividido entre a Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, República da Guiana, Perú, Suriname e Venezuela. Estima-se que a Amazônia Legal perdeu 50 milhões de hectares de vegetação nativa (12% da floresta foram devastados ). É, pois, a maior floresta equatorial úmida do planeta com o maior sistema milhões de pessoas vivem na região, inclusive 204 mil índios pertencentes a 163 povos. O rio Amazonas lança no Oceano Atlântico, a cada segundo, cerca de 175 milhões de litros de água, o que corresponde a 20% da vazão conjunta de todos os rios da Terra. Deste modo podemos perceber um universo de diversidade conspirando interligado, fazendo parte de um mesmo organismo vivo. Esse organismo não é só a Amazônia, não é só o Brasil, não é só a América, é o PLANETA inteiro. A questão ambiental explicita a vulnerabilidade dos povos e do mundo, justificando uma alteração nas relações internacionais de cooperação solidária. Estamos no pórtico do segundo milênio de uma civilização tecnológica sem precedente, revolucionada pela criatividade do homem, detentor de conhecimento científico /tecnológico, inigualável, nem mesmo sonhado, há cerca de meio século.
Em um mundo de recursos naturais cada vez mais escassos, a atenção se volta para o Brasil, muitas vezes disfarçada em ajuda financeira para o desenvolvimento econômico, encobrindo a posse de fantásticas riquezas, deixando reduzidos benefícios ao nosso pais. Podemos recordar o que aconteceu com o ouro, as pedras preciosas de Minas Gerais e com as plantas de uso terapêutico dos nossos biomas, quando o Brasil se curvava à Coroa Portuguesa. O pais não mais se encontra na sua infância política - o panorama é bem diferente da época da espoliação opressiva de PORTUGAL que resultou na gloriosa revolta: INCONFIDÊNCIA MINEIRA. O tratamento das nossas florestas e das riquezas naturais merece profunda reflexão que deve permear responsabilidade : política , civil e econômica .
Além da macro e micro diversidade biológica da grande floresta úmida, temos outras inúmeras riquezas de natureza física representada pela diversidade de minérios do subsolo, ainda pouco conhecidos. É inadiável a necessidade do conhecimento das inúmeras jazidas ocultas sob a enorme superfície do solo brasileiro, especialmente da Amazonia Legal Brasileira, antes que empresas transnacionais o façam. A exploração que se fizer em associação com o capital estrangeiro deve seguir regras que efetivamente atendam aos interesses nacionais, trazendo benefícios ao nosso povo.
Em relação ao ouro há uma curiosidade histórica. Contam os cientistas estudiosos da civilização dos trópicos que o ouro exibido pelos INCAS sob a forma de artefatos foi extraído da Amazônia. Os incas abriram caminho PRÉ - COLOMBIANO, paralelo a linha do Equador até alcançar o atual Estado do Amapá. Ao lado desse caminho instalaram em pontos estratégicos "postos- oficiais", construídos de pedra, observando o mesmo estilo das construções incas da Cordilheira Andina. Esses postos eram verdadeiras oficinas para o trabalho dos artesãos do ouro. Foi encontrada, também, como prova, uma tribo de índios do Estado do Amapá, falando o idioma incaico, tribo esta originária de índios então dominados e a serviço dos incas. Parece, pois, ser secular a exploração do solo de nossas florestas. Para concluir, mais uma curiosidade, esta do nosso tempo que vai muito além do solo do Planeta : uma rede de antenas que flutuam pela estratosfera para levar a internet, o marco de leitura do século XXI, a noticia, a cultura, o conhecimento, em tempo real, para toda humanidade (balão da Google, o Loon, Vale do silício-USA). Será que o Loon também terá possibilidade de mostrar nossas florestas, rios, lagos, mares, pontuar nossas riquezas? Esperamos que o Loon sirva de ferramenta futura para gestão das políticas públicas sobre meio ambiente. Em conexão com a internet, já sabemos que cobrirá o Planeta, em rede. É um recado para os Governantes do Brasil: protejam com sabedoria as nossas riquezas naturais.