OAB defende julgamento rápido pelo Supremo do caso Paulo Medina

quinta-feira, 27 de novembro de 2008 às 09:15

Brasília, 27/11/2008 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, ao comentar hoje (27) a decisão do Supremo Tribunal Federal de abrir ação penal contra o ministro afastado do Superior Tribunal de Justiça Paulo Medina, por corrupção passiva e prevaricação, disse que a Corte precisa compreender que a sociedade brasileira clama por julgamentos de casos como este de forma rápida. "É óbvio que, garantindo-se como o STF está garantindo a ampla defesa, esses casos precisam ser julgados rapidamente para que não pairem dúvidas sobre a honra de quem ocupa cargos tão nobres como o de julgar pessoas", afirmou durante entrevista. Ele ressaltou que "casos como esses não podem é ficar dormitando no berço esplêndido dos arquivos dos tribunais". A denúncia contra Medina é por suposta participação em vendas de sentenças judiciais.


Para Cezar Britto, se o STF decidiu abrir ação penal contra Paulo Medida e mais quatro pessoas acusadas dentro do Inquérito 2424 "é porque concluiu existirem fortes indícios de que o magistrado, que ocupa uma posição elevada, cometeu crimes". Sendo assim, na sua opinião, o julgamento do mérito da ação não póde demorar, uma vez respeitado o amplo direito de defesa. "Se no final for considerado culpado, tem que ser julgado rápido e condenado; caso contrário, que seja também absolvido logo - e que não pairem dúvidas sobre sua condenação ou absolvição -; mas o que a sociedade não tolera mais é que esses processos fiquem se arrastando ou dormitando nas gavetas do Judiciário", sustentou Britto.